Endividamento atinge maior taxa entre micro e pequenas, diz Simpi
Uma em cada quatro micro ou pequena indústria do Estado de São Paulo deixou de pagar alguma dívida no mês passado, segundo a 16ª rodada do Indicador de Atividade na Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi-SP). Em junho, 26% das 312 ouvidas afirmaram ter deixado de honrar alguma conta.
Trata-se do maior índice já registrado desde outubro de 2013.
A taxa ficou 9% acima daquela contabilizada em maio de 2014, segundo a pesquisa. Dentro desse universo, 13% dos micro e pequenos empresários também revelaram ter deixado de honrar seus compromissos com os fornecedores, ante 6% observados na rodada anterior. Também é de 13% o índice dos empresários paulistas que afirmaram não ter efetuado no último mês de junho, o pagamento de contratos firmados com instituições financeiras.
A pesquisa ainda mostra que 44% das micro e pequenas do Estado de São Paulo sofrem com a inadimplência, taxa 3% superior ao mês passado, e o maior índice registrado desde quando o estudo foi lançado. Para 24% dos entrevistados, os calotes comprometeram até 15% de seu faturamento.
Apesar do cenário de junho, os dirigentes estão otimistas após a “parada técnica” vista durante o período da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
Pelo menos é o que revela o Índice de Expectativa, cuja taxa subiu 10 pontos em relação ao mês anterior, passando dos 103 pontos contabilizados em maio para 118 pontos em junho. O movimento, segundo o Simpi, é puxado em sua maioria pelas pequenas indústrias, com taxas de 115 pontos em maio para 142 pontos registrados em junho.
Já em relação a previsão sobre o faturamento, cresceu de 20% para 29% a parcela de empresas que esperam faturar mais no próximo mês, e oscilou de 56% para 53% a fatia de empresas com uma expectativa estável. A alta se deu tanto entre as micro quanto entre as pequenas, de acordo com os dados do Simpi.
Em junho do ano passado, 27% esperavam faturar mais, e 60% previam uma estabilidade nesse item. Ainda segundo a entidade, a perspectiva de lucro segue tendência semelhante: 22% acreditam no crescimento, 59%, que irá ficar estável, e 16%, que sofrerá queda. No mês de maio, esses índices eram de 15% e 62% e 20%, respectivamente.
Fonte: DCI – SP