Monitoramento é benéfico
Seja por questões de segurança, gerenciamento de produtividade, ou pela preocupação com o vazamento de informações sigilosas – ainda mais nos dias de hoje em que o uso de redes sociais está cada vez mais disseminado – empresas buscam soluções de monitoramento interno. Porém, o uso desse tipo de ferramenta pode levantar o seguinte debate: quando o controle passa a ser invasão de privacidade e como essas soluções devem ser utilizadas de forma ética? Esse é um tema bastante polêmico.
O controle de funcionários não é novidade. Nos antigos sistemas agrários existia a figura do capataz, que vigiava o trabalho dos peões nas fazendas e reportava as informações ao seu superior. Os modos de produção evoluíram, indústrias passaram a ter supervisores e seguranças, até que finalmente a mão de obra humana cedeu lugar para sistemas mais sofisticados como câmeras e softwares dos mais diversos tipos, utilizados nos dias informatizados de hoje.
O uso cada vez mais frequente dessas ferramentas resguarda as instituições de possíveis alterações em seus equipamentos. Ademais, tais recursos podem ser muito úteis tanto na prevenção de irregularidades. O monitoramento de e-mails, por exemplo, tem se tornado cada vez mais comum e a redução de custos não é o seu único benefício. Quanto mais informações a organização tem sobre os sistemas, maior a eficiência.
Podemos dizer então que essa tecnologia ajuda a resguardar o patrimônio e direcionar investimentos. A lei trabalhista reconhece o direito ao empregador de fiscalizar as atividades profissionais de seus funcionários, quando afirma que cabe ao responsável dirigir e assumir os riscos do negócio.
Sempre que uma dessas formas de vigilância expuser o empregado a humilhações ou constrangimentos, tais atos passarão do poder de direção ao dever de indenização. Vale lembrar também que uma política de comunicação esclarecedora, os treinamentos e o fornecimento de manuais de conduta no momento que o funcionário ingressa na organização podem facilitar muito a relação entre a gestão e os seus subordinados.
E, finalmente, se o colaborador trabalhar sempre de forma correta, de acordo com as exigências legais e as normas de seu ambiente de trabalho, de forma alguma o monitoramento lhe será prejudicial. Pelo contrário, irá até auxiliá-lo a ter o seu devido reconhecimento.
Fonte: DCI – SP