CMN aprova novos incentivos para a indústria
Para incentivar o crescimento do país, o Conselho Monetário Nacional (CMN) destinou R$ 30 bilhões do BNDES para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Esse recurso será emprestado com os juros mais baixos no país para a compra de máquinas e equipamentos entre outras linhas escolhidas pela equipe econômica. Os novos empréstimos podem ser feitos a partir de amanhã.
— Vai tudo para a atividade produtiva e que gera mais ganho de produtividade. Faz parte do esforço total de ativação da economia. Estamos trabalhando forte nesse sentido — frisou o secretário-adjunto da Secretaria de Pesquisa Econômica, João Rabelo.
Na lista elaborada pelo Tesouro Nacional, entraram programas como a compra de ônibus e caminhões, o Procaminhoneiro, financiamento de bens de capital (inclusive para a pequena empresa), crédito rural, o Proengenharia e Inovação. Esses empréstimos terão taxas menores que a TJLP, a Taxa de Juros de Longo Prazo, que está em 5% ao ano. Isso porque parte dos juros será paga pelo Tesouro.
A TJLP financia principalmente os empréstimos do BNDES. É muito menor que a taxa básica de juros da economia (Selic) que está em 11%. Isso, na visão do Banco Central, cria distorções no controle da inflação. No entanto, o secretário minimizou o fato de o Ministério da Fazenda ampliar ainda mais os subsídios.
— O Banco Central também liberou R$ 45 bilhões — disse em referência às medidas anunciadas na sexta-feira para estimular os empréstimos.
Na reunião desta quinta-feira, o CMN também aumentou o limite de endividamento para as empresas públicas de geração e distribuição de energia em R$ 300 milhões para que sejam feitos novos investimentos. A lei brasileira previa um teto de R$ 2,231 bilhões de empréstimos feitos no sistema financeiro nacional. Esse valor foi todo tomado pelas empresas. Agora, os ministros decidiram aumentar para R$ 2,531 bilhões.
— Esse dinheiro vai para investimentos empresas do setor público. O limite já estava estourado — explicou Rabelo.
Fonte: O Globo